Já fui retirado de casa uma vez,
arrancado, violentamente,
como um animal.
Enjaulado, arrastado pelas terras estranhamente
verdes, férteis, quentes,
porém, secas, inóspitas e pedregosas do desperdício.
E atearam fogo na minha querida cidade,
Onde tudo queimou.
E nem assim olhei pra trás.
Jamais olhei pra trás,
até ser expulso da jaula
com a mesma violência a qual fui capturado.
E, quando me deparei com a realidade da
natureza do lugar o qual estive todo o tempo,
vi apenas ausência de cor, secura e pedras roladas.
Hoje, após ter regressado à minha pequena cidade,
e resgatado das cinzas as lembranças,
percebo o intervalo
entre ser posto numa jaula, violentamente,
e entrar numa jaula como voluntário.