Para que o Big Bang tenha sentido, é necessário que haja uma dualidade, que exista um outro elemento - um elemento opositor ao universo. Sendo assim, o que é maior? O universo ou o opositor, que está fora? Quem governa quem? Se o universo é uma bolha dilatante e o meio externo é o ambiente no qual estamos inseridos, então, admitindo que essa bolha está expandindo, o meio externo está recuando e cedendo espaço à bolha. Porém, o empenho da bolha não dura para sempre, sendo proporcional à motivação que o universo a forneceu.
Ou seja, a energia se dissipa e a expansão dá lugar ao recuo. Se o meio externo é elástico, o mesmo tende a reaver o espaço de outrora, comprimindo o universo até que a energia aumente novamente a um ponto em que o universo necessite de um alívio (explosão), dilatando novamente, até que a energia se dissipe. E assim, sucessivamente, nos domínios da imensidão.
Agora, utilizando analogias geológicas, a bolha seria um domínio de migmatização, local, que dissipa calor e sofre, ao mesmo tempo, com a pressão externa das tensões regionais atuantes no protólito. O aumento de energia no processo de fusão do protólito pode fazer com que a área em fusão se expanda. À medida que esse calor se dissipa, o fundido tende a cristalizar. E essa área migmatizada terá que receber energia, mais uma vez, para que possa passar pelo processo novamente.
Essa reflexão mostra que o modelo onde tudo é dual e cíclico é muito eficaz. Porém, saibamos que nenhum modelo é suficiente para explicar com perfeição a natureza do universo e do que há fora dele.