O céu, por ser céu,
já é cinema mudo
Eu assisto à noite
é quando estou só no mundo.
Vejo a marcha das nuvens
As luzes ancestrais das estrelas
no seu ritmo pulsante
E seria monótono
se não fosse fascinante
A tela
De um filme que se repete
toda noite cheio de novidades
O transe
De um espectador
toda noite atraído pelos mesmos protagonistas.
A brisa
Que passa sussurrando
Convidando a voar
E é só o que me interessa
O céu
Acima da minha cabeça.
domingo, 18 de abril de 2010
Dançarei sua dança
Esse meu corpo cançado
Já não obedece mais
Os sinais da mente
Apenas dança
A dança de outros corpos
E quando alcança
O pulso lento da fadiga
Descança
Para voltar a dançar.
Já não obedece mais
Os sinais da mente
Apenas dança
A dança de outros corpos
E quando alcança
O pulso lento da fadiga
Descança
Para voltar a dançar.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Abril
Nesse momento gotejam estrelas do céu
O concreto amolece
A noite escurece
A tristeza se envaidece
Nada acontece
Todos estão ao léu.
Abril
E estou vazio
O alimento apodrece
Meu cabelo não cresce
O homem padece
Nada acontece
E tudo passa
E o tempo não pára.
O concreto amolece
A noite escurece
A tristeza se envaidece
Nada acontece
Todos estão ao léu.
Abril
E estou vazio
O alimento apodrece
Meu cabelo não cresce
O homem padece
Nada acontece
E tudo passa
E o tempo não pára.
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