Sedimento fino

Sou argila,
sedimento fino em suspensão.
Toda intempérie me carrega.
Parte de mim é erosão.

domingo, 18 de abril de 2010

Sem título

O céu, por ser céu,
já é cinema mudo
Eu assisto à noite
é quando estou só no mundo.
Vejo a marcha das nuvens
As luzes ancestrais das estrelas
no seu ritmo pulsante
E seria monótono
se não fosse fascinante

A tela
De um filme que se repete
toda noite cheio de novidades

O transe
De um espectador
toda noite atraído pelos mesmos protagonistas.

A brisa
Que passa sussurrando
Convidando a voar

E é só o que me interessa
O céu
Acima da minha cabeça.

Um comentário:

  1. Que olhar mais sutil...
    Olhares assim só me deixam certa de que toda essa magnitude celestial nos reflete.
    Lindo poema, moço!
    Adorei sua visita!
    Beijos

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