As pessoas se esforçam muito para administrar superficialidades, pois é mais fácil viver assim.
Ser superficial permite o alcance de um objetivo - também superficial - de alcançar popularidade dentro das sociedades, bem como acontece, também, em redes sociais. E, no mundo globalizado, no mundo da internet, a supervalorização da esfera mais externa - a esfera ligada às aparências - tem sido crescente.
É necessário ter cuidado com o excesso de valor dado à esfera mais externa. Para isso, é preciso que o indivíduo tenha ciência de que é mais fácil lidar com tal esfera, pois a maioria das pessoas a exibe mais desenvolvida que a esfera mais interna, o que é natural na humanidade.
A administração de apenas superficialidades condiciona a criação de uma aparência. Então, uma pessoa superficial cria um tipo de envólucro, uma crosta de aparências, uma concha, passando a alma a viver confinada e solitária, na imediata zona mais interna, mais profunda e pouco desenvolvida, quando não atrofiada. É como uma tensão superficial impenetrável, em um lago, onde não se pode mergulhar em suas águas, onde não se pode aprofundar-se.
As pessoas querem ser legais, querem falar, não importando, muitas vezes, se serão ouvidas - por isso a má administração de suas zonas, suas esferas.
O corpo é a morada da alma, na terra. Sendo assim, o corpo necessita de portas e janelas para que a alma possa respirar, e para que o lago possa ser acessado e ofereça um pouco de suas águas mornas, potáveis e límpidas, e para que este se aprofunde cada vez mais. Há, então, uma troca.
domingo, 4 de novembro de 2012
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