Saltar do cume mais alto
do monte mais alto já escalado.
Saltar de peito aberto,
com os olhos nas mãos.
Os olhos esmagados pelas mãos cerradas.
Sentir a queda e jamais o impacto,
o medo que nunca cessa,
o atrito que queima o rosto...
Em algum momento
o arrependimento
de ter arrancado os olhos,
de ter sentido medo,
de ter cerrado as mãos...
De tê-los esmigalhado!
Em algum momento
a eterna queda
torna-se o inferno
e a percepção da morte
brilha como o sol acima do cume,
acima das nuvens, acima do céu.
E o monte cumpre o seu papel.
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