sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Sem título
A violência e a opressão existem e são fenômenos naturais tanto quanto o carinho e a comunhão. Se são naturais, significa que fazem parte da natureza. E a observação e interpretação da dinâmica da natureza e do espaço, da forma como fazemos, é uma característica privilegiada que a espécie humana possui, graças à capacidade de processamento de dados do nosso cérebro, mais possante que nos outros animais. Da mesma maneira que o leão mata a cria de uma leoa para assim poder reproduzir com a mesma e perpetuar a sua genética; que chimpanzés machos lincham um forasteiro até a morte; nós, seres humanos, promovemos guerras e genocídios. Não vejo motivo para tanto espanto quanto a essa violência amplificada, afinal, quanto mais desenvolvido o cérebro, maior a capacidade de cometer violência, bem como maiores são as possibilidades de violência, seja física ou psicológica. Os seres humanos desenvolveram métodos avançados de violência, como torturas de todos os tipos, empalamentos, crucificações, apedrejamento, decapitação, esquartejamento, cremações em fogueiras, bullying, abandono, acúmulo de riquezas por parte de minorias, humilhações de todos os tipos, subtração do tempo de um indivíduo, escravização... Essa emaranhada rede de possibilidades é possível graças à maior potência do nosso cérebro, como já mencionado. Mas, da mesma forma que podemos realizar violência, opressão e crueldades diversas, temos um grande diferencial, que é o poder do raciocínio e da escolha, escolha de cometer ou não violência; pensar, analisar, refletir sobre as repercussões, as consequências; deixar de lado, um pouco, o instinto animal basal e fazer imperar o intelecto. Ah, humanidade, de homens e mulheres! Humanidade de heterossexuais, homossexuais, bissexuais, assexuados - isso já está muito complexo! Humanidade de tantas igrejas, tantas seitas. Monoteístas, politeístas, ateístas... Machismo, feminismo, achismo... Ó, humanidade, quando irá perceber o nível de iluminação que pode alcançar? Quando irá perceber que pode mais, que encontra-se no patamar da cretinagem, quando pode estar acima da média? Quando irá parar de segregar? Quando perceberá que, assim como pode violentar de tantas formas combinadas, pode também crescer através do amor e da comunhão, da partilha, da humildade? O amor também pode ser multiplicado.
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