Pra quê querer ser eterno,
viver, morrer, estudar, trabalhar,
bem ou mal, céu ou inferno?
Cativos do homem,
cativos do espírito,
somos todos escravos na existência,
espectro do agora.
Pra quê querer continuar em algum lugar,
migrar de canto pra canto,
provar do mel, provar do fel?
Dentre as coisas do todo,
a liberdade está no nada
ou no livre arbítrio?
Existo,
logo não há fuga?
Não há como fugir
da ditadura do existir.
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