O caos que ontem reinava
do lado de dentro
não é o caos que reina fora.
Embora seja o mesmo caos
que reina agora.
Os lunáticos, nos seus delírios,
sonham
à margem da compreensão,
à margem do momento,
pois o caos não reina no tempo.
A palavra é como um corpo estranho nos interstícios da mente, que vibra para expulsá-la.
O caos que ontem reinava
do lado de dentro
não é o caos que reina fora.
Embora seja o mesmo caos
que reina agora.
Os lunáticos, nos seus delírios,
sonham
à margem da compreensão,
à margem do momento,
pois o caos não reina no tempo.
Solidão é a vida.
De todas as manhãs que virão,
amanhã eu vivo só.
Amanhã é tudo o que resta.
De todas as manhãs que vivi,
amanhã é bem melhor.
E vivi
até hoje.
E hoje vivo,
apesar de ontem,
qualquer que seja o amanhã.
A matéria vibra porque as ondas gravitacionais perturbam o meio espaço-tempo ao seu redor; porque a matéria escura repele matéria, da mesma forma que é repelida. Na verdade, toda matéria está parada e o que confere a impressão de movimento é a ondulatória gravitacional, cuja força motriz encontra-se no centro do universo. Tal ondulatória é também o que confere a sensação de tempo que, na verdade, é o chicoteamento do meio espaço-tempo causado, o que, de fato, se movimenta, pela ondulatória gravitacional.
O universo é constituído de uma fonte de densidade suprema no seu centro e uma envoltória de matéria escura, que corresponde ao meio espaço-tempo. Imersa nessa envoltória escura, encontra-se a matéria, distribuída de forma rarefeita. A matéria é uma fonte de densidade e densidade interage com a matéria escura de modo a repelir-la, fazendo matéria “atrair” matéria. Na verdade, partícula não atrai partícula, mas aproxima-se uma da outra, relativamente, por conta da tendência de expulsão de matéria escura, para todos os lados, por uma fonte de densidade, seguida de um chicoteamento de retorno. Essa dinâmica constitui a ondulatória do meio espaço-tempo.
A região da envoltória escura perturbada pela presença de dois corpos massivos, por exemplo, é chamada de campo gravitacional. O corpo com maiores massa e densidade gera um campo gravitacional maior, ou seja, uma região com uma maior expulsão de matéria escura (maior deformação do meio espaço-tempo) - geração de ondas gravitacionais mais intensas. Nessa região, a ondulatória gravitacional do corpo mais massivo e mais denso captura o corpo menos massivo e menos denso, formando um sistema gravitacional, onde um corpo orbita o outro, ambos presos nessa região deformada do espaço-tempo em um equilíbrio de duas forças: a densidade da matéria expulsa a matéria escura, que projeta os dois corpos uns contra os outros na dinâmica da ondulatória do meio espaço-tempo.
Deve haver uma força suprema no centro de tudo, de comportamento similar aos efeitos da presença da matéria no centro de um buraco negro regular. O espaço-tempo é o meio que se deforma na lógica da ondulatória, de movimento a ser determinado, mas que parece se contrair e se dilatar, simulando o efeito da expansão que acredita-se ocorrer. Nós vivemos plenamente dentro de um meio no qual as ondas gravitacionais se propagam. Aparentemente, a mencionada força suprema no centro do universo mantém equilíbrio com o que compõe o meio espaço/tempo (já não simpatizo mais com o termo “malha”). Toda matéria exerce efeito similar, em escala, à tal força. Densidade de matéria suficiente gera buracos negros regulares. Aumentando a densidade, alguma transformação deve ocorrer na natureza da matéria, gerando buracos negros supermassivos. Continuando a transformação, ou seja, aumentando-se massa e densidade, de alguma forma gera-se um novo universo, completando, assim, a fractalidade. Universos não coexistem, mas avizinham-se, e suas presenças são sentidas indiretamente, justificando a matéria escura, que é inferência para explicar certas lacunas na atual filosofia da física, assim como nas atuais representações matemáticas.
O que chamamos de expansão do universo é, em realidade, um movimento cíclico interminável. Ao passo em que o universo se “expande”, se “contrai”, para todas as direções. Movimento, então, é o distanciamento relativo entre duas ou mais partículas de matéria causado pela ondulatória gravitacional no espaço-tempo.
O que chamamos de tempo é o efeito do movimento aparente das ondas gravitacionais através do meio espaço-tempo.
O universo não pode ser infinito, como um plano infinito e eternamente em expansão, mas sim finito, como um esferoide ou esfera (idealmente, gerando efeito de suprema densidade), na infinitude da ilusão de movimento gerada por suas ondas gravitacionais.
Então, a luz não está em movimento no espaço. A emissão de luz é um efeito ilusório causado pelo movimento aparente das partículas no universo. Na verdade, o espaço ao redor das partículas é perturbado fazendo parecer que as partículas são “perturbadas” pelo movimento das ondas gravitacionais originadas no centro do universo. A luz, como possui natureza de partícula, aparenta se movimentar através de uma velocidade diferencial com relação à partícula emissora. A luz, assumindo-a do ponto de vista de partícula, se “desprende” da partícula emissora por conta de um enorme contraste de densidade, um contraste gravitacional. Por sua vez, as ondas gravitacionais do universo perturbam perturbam o espaço ao redor das duas partículas contrastantes, distintamente, de acordo com a natureza de cada uma, gerando a ilusão de uma velocidade diferencial entre a partícula emissora e a partícula emitida, que é chamada de velocidade da luz. Dentre todas as partículas do universo, tal forma primordial da matéria lhe confere o maior contraste de velocidade, até então, previsto pela física.
Afloro.
Aflora.
Afloro afora, diante da incessante insensatez do insensível.
Fora o indecente incenso do ódio,
o descenso taciturno
dos justos,
dos ímpios,
dos tantos.
Fora o degradante não senso,
o ópio,
que sustenta remanescentes,
aos risos, aos prantos.
Fora a insensatez, o descenso, o insensível, o indecente.
Fora o ódio, o ópio, os tantos dormentes,
a decadência do decênio,
a ameaça que paira,
a incerteza de muitos sob o jugo de um demente...
Fora tudo isso,
o que aflora afora?