Muitos tentam explicar o amor. Muitos emitem seus pontos de vista a respeito desse sentimento. Mas há um ponto de vista, o qual não concordo, que fataliza o amor como egoísta. Convenhamos que, quando se está amando, o corpo produz algumas substâncias, hormônios, que provocam sensação de prazer. Talvez, querer sentir prazer seja egoísta. Porém, a sensação do prazer é uma consequência do amor. Tenho isso como um mecanismo da natureza para garantir a perpetuação da espécie. Imaginemos, se o sexo não proporcionasse prazer, a perpetuação da espécie estaria comprometida, de certa forma. Haveria riscos palpáveis a perpetuação. E se não houvesse prazer na alimentação? E a degustação? Para os mais sensíveis, e se não fosse prazeroso sentir o ar a cada preencher dos pulmões? O fato de possuirmos órgãos sensoriais e de sentirmos prazer para algumas coisas e para outras não... Para outras, dor... O fato de sentirmos o doce, o salgado, o amargo e o azedo... O fato da existência dos sabores... Tudo isso são mecanismos utilizados pela natureza para que haja harmonia no universo.
Voltando ao amor, sentimento divino, o meu ponto de vista dita que, se a natureza não tratasse de espalhar esse sentimento no mundo biótico e se, principalmente, não tratasse de atribuir determinados efeitos colaterias a esse sentimento, não seria tão interessante aos indivíduos amar. Amar o próximo. O próximo amar. Amar e sentir prazer por isso. Amar uma mulher... Haver reciprocidade e, então, conexão. Então, não é egoísta amar. É consequente o prazer que se sente ao amar. A natureza que encontrou uma maneira de tornar o amor viciante. E, se cada indivíduo quiser ser um pouco "egoísta", estaremos todos amando, uns aos outros.
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