Estou a olhar,
de longe,
a minha cidade arrasada.
Aqui no alto,
nos morros,
o vento sopra o meu rosto.
Não ouço nada.
Apenas vejo, sereno,
os meus cadáveres
empilhados
por toda a cidadela.
Os muros e os portões
destroçados.
Não restara pedra sobre pedra.
Mas estou aqui,
surdo,
mudo,
sereno,
nos morros do meu reino.
E meus cadáveres,
hei de queimar.
A cidadela,
abandonar.
Os destroços...
O tempo dirá
que tudo passa
mesmo sendo de pedra.
E enquanto passa,
eu caminho
e espalho pelo caminho
sinais de futuras guerras.
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Que haja paz nos corações dos homens, enfim.
ResponderExcluirQue depois de se verem refletido no sangue dos irmãos, que a compaixão tome os seus corações que batem sob a mesma cor vermelha.
Um abraço, companheiro.
Essa poesia é profunda e só os sábios podem decifrá-las,assim como soube escrevê-la.
ResponderExcluirSucesso!